Eu nunca gostei tanto do meu nome quanto gosto agora. Não sei se é porque eu conheci a Ana e nossos nomes são legais para formação de uma dupla sertaneja: Ane & Ana. Ela é palindrômica, eu polindrômica. E tem também a possibilidade de brincar com meu nome, em um simbolismo concretista: Ane e Lise ou Ane(Lise). Lise é quebra. Ane é Ane, porra! A Ana só me chama de Ane; o Alberto de Lise; meu pai me chamava de Nelise; minha sobrinha de Nininha; minha prima de Lele; ou seja, são muitas, as variáveis.
A melhor é a Aninha. Está certo Aninha é uma alcunha normal e categoricamente popular, entretanto a história que envolve esse apelido dá um ar bucólico e familiar. Minha tia, irmã da minha mãe, me deu esse apelido, assim como me ensinou a falar buceta, sendo essa a primeira palavra de meu vastíssimo léxico. A princípio a idéia de nome era Ana Elisa, mas minha mãe tinha uma teoria filosófica: "filhos de pobre cujo nome é Ana recebem o apelido de Aninha". Assim, ficou decidido que meu nome seria (e é) Anelise. E "pra facilitar na alfabetização", como continuou minha mãe, seria apenas Anelise de Freitas. Excluindo, assim, veementemente o sobrenome materno, deixando apenas o de meu pai. Minha tia, para não deixar barato colocou o codinome, comprovando cabalmente a tese de minha mãe: filhos de pobre, invariavelmente, recebem apelido de Aninha, mesmo que se chamem Carlos.
Em relação ao meu nome, a única queixa que eu tinha é de nunca ter um poema ou música em homenagem às Anelises. Não sei se toda Ane carrega as “cruz” de uma Aninha. Mas eu levo, e então me contentava com as músicas para Aninhas, mas a única existente era um axé que dizia “vou à praia com a Aninha pra aprender a nadar”. Digamos assim que a complexidade da música não me animou. Aí o Engenheiros do Havaií lançou Refrão de um Bolero, e dizia que os lábios da Ana eram labirintos, que atraiam os instintos mais sacanas dele. Ok, atrair os instintos mais sacanas do Humberto Gessinger me parece bem legal, e bota legal nisso. Mas na letra original ele diz “que atraem os meus amigos mais sacanas”, ou seja, a Ana é uma traidora sem escrúpulos, meu Deus, trair o Gessinger? Deve está louca!! Mas enfim, mesmo que a Ana tivesse seus motivos para trair tão belo guri, eu ainda não era Ana, embora fizesse força pra ser, eu não era.
Vasculhei essa tal de Internet e descobri uma música para Anelise:
Preciso de Você (Anelise)
Jaun Carlos E Anelise Toncovitch
Os dias são tão diferentes sem você
Tanto tempo longe,
Tanta vontade de te ver
Tô precisando tanto de você
Tô precisando tanto te sentir
E o modo como você me faz sorrir
Seu cheiro, seus olhos
Preciso tanto de você
Como os pássaros do ar pra voar
Quero voltar para os teus braços
Aquecer-me nos teus abraços
Deixar o mundo pra trás e fugir com você
Sentir teu corpo me apertar
No teu beijo me matar
E de todo meu amor você irá saciar
Seja lá o que vão dizer
O que importa sou eu e você
E mesmo que tudo esteja pra acabar
Eu vou estar do seu lado pra te amar
Seja lá o que vão dizer
O que pensam sobre eu e você
E mesmo que tudo esteja pra acabar
Eu sempre vou estar lá pra te amar
Reparem bem que a co-autora é uma Anelise. Ela se escreveu uma música, rá. É autêntica: ego excêntrica como uma boa Anelise tem de ser. Eu nunca escutei a música, só li. Não sei quem são esse dois loucos. Mas eu achei alguma coisa que faz menção honrosa a nós, mulheres-Anelises. Anelise é mais que a junção de Ana+Elisa. Anelise vem do germânico (!). Ane é graça e Lise é juramento de Deus. Que lindo, não? Não. E tem muita gente que não consegue falar meu nome nem escrever: - Como é seu nome? – Anelise. Como? Denise? – Não, Anelise! – Ana Elisa? – Não, A-ne-li-se!! – Ane Elise? – Não, porra, A-NE-LI-SE: com “s” e tudo junto! Então se ta difícil falar Anelise, sua porteira, ao invés de falar Melise, Denise, Ana Elise, Ana Elisa, Elisa ou qualquer porcaria que o valha, fale em queniano “ERUVANDANNË”, porra.
E lembre-se: Anelise é tímida; a Ane é pra frente; a Lise é triste; a Aninha é extrovertida. E vê se não esquece e pronuncia meu nome certo, ô bosta!
A melhor é a Aninha. Está certo Aninha é uma alcunha normal e categoricamente popular, entretanto a história que envolve esse apelido dá um ar bucólico e familiar. Minha tia, irmã da minha mãe, me deu esse apelido, assim como me ensinou a falar buceta, sendo essa a primeira palavra de meu vastíssimo léxico. A princípio a idéia de nome era Ana Elisa, mas minha mãe tinha uma teoria filosófica: "filhos de pobre cujo nome é Ana recebem o apelido de Aninha". Assim, ficou decidido que meu nome seria (e é) Anelise. E "pra facilitar na alfabetização", como continuou minha mãe, seria apenas Anelise de Freitas. Excluindo, assim, veementemente o sobrenome materno, deixando apenas o de meu pai. Minha tia, para não deixar barato colocou o codinome, comprovando cabalmente a tese de minha mãe: filhos de pobre, invariavelmente, recebem apelido de Aninha, mesmo que se chamem Carlos.
Em relação ao meu nome, a única queixa que eu tinha é de nunca ter um poema ou música em homenagem às Anelises. Não sei se toda Ane carrega as “cruz” de uma Aninha. Mas eu levo, e então me contentava com as músicas para Aninhas, mas a única existente era um axé que dizia “vou à praia com a Aninha pra aprender a nadar”. Digamos assim que a complexidade da música não me animou. Aí o Engenheiros do Havaií lançou Refrão de um Bolero, e dizia que os lábios da Ana eram labirintos, que atraiam os instintos mais sacanas dele. Ok, atrair os instintos mais sacanas do Humberto Gessinger me parece bem legal, e bota legal nisso. Mas na letra original ele diz “que atraem os meus amigos mais sacanas”, ou seja, a Ana é uma traidora sem escrúpulos, meu Deus, trair o Gessinger? Deve está louca!! Mas enfim, mesmo que a Ana tivesse seus motivos para trair tão belo guri, eu ainda não era Ana, embora fizesse força pra ser, eu não era.
Vasculhei essa tal de Internet e descobri uma música para Anelise:
Preciso de Você (Anelise)
Jaun Carlos E Anelise Toncovitch
Os dias são tão diferentes sem você
Tanto tempo longe,
Tanta vontade de te ver
Tô precisando tanto de você
Tô precisando tanto te sentir
E o modo como você me faz sorrir
Seu cheiro, seus olhos
Preciso tanto de você
Como os pássaros do ar pra voar
Quero voltar para os teus braços
Aquecer-me nos teus abraços
Deixar o mundo pra trás e fugir com você
Sentir teu corpo me apertar
No teu beijo me matar
E de todo meu amor você irá saciar
Seja lá o que vão dizer
O que importa sou eu e você
E mesmo que tudo esteja pra acabar
Eu vou estar do seu lado pra te amar
Seja lá o que vão dizer
O que pensam sobre eu e você
E mesmo que tudo esteja pra acabar
Eu sempre vou estar lá pra te amar
Reparem bem que a co-autora é uma Anelise. Ela se escreveu uma música, rá. É autêntica: ego excêntrica como uma boa Anelise tem de ser. Eu nunca escutei a música, só li. Não sei quem são esse dois loucos. Mas eu achei alguma coisa que faz menção honrosa a nós, mulheres-Anelises. Anelise é mais que a junção de Ana+Elisa. Anelise vem do germânico (!). Ane é graça e Lise é juramento de Deus. Que lindo, não? Não. E tem muita gente que não consegue falar meu nome nem escrever: - Como é seu nome? – Anelise. Como? Denise? – Não, Anelise! – Ana Elisa? – Não, A-ne-li-se!! – Ane Elise? – Não, porra, A-NE-LI-SE: com “s” e tudo junto! Então se ta difícil falar Anelise, sua porteira, ao invés de falar Melise, Denise, Ana Elise, Ana Elisa, Elisa ou qualquer porcaria que o valha, fale em queniano “ERUVANDANNË”, porra.
E lembre-se: Anelise é tímida; a Ane é pra frente; a Lise é triste; a Aninha é extrovertida. E vê se não esquece e pronuncia meu nome certo, ô bosta!
4 comentários:
Gosto muito do que escreve !!
LOL!!! Olha que a tal de Freitas anda muito humorística... ou então sou eu que tenho o riso fácil !!! :)
Eu acho um nome bem lindo e invulgar... Anelise para amar!!!
Puxa! Mas é mesmo pequenino... nome próprio e apelido que descreve alguém tão querido!
Sobrenome português... todo nobre, como vês!
Mas eu também pesquiso... com ternura e muito riso!
E para TI encontrei outro poema de lei!!!
MÃE NA POESIA
Será que mãe eu seria
Se tivesse tal ventura
Gerar amor num filho
Doce e belo estribilho
A melodia em ternura
Só sou mãe na Poesia
Será que mãe eu seria
Se parisse de verdade
Meu útero é o coração
Gerando verso canção
Nutrido em felicidade
Só sou mãe na Poesia
Será que mãe eu seria
Se tu Anelise o sonho
Fosses poema de vida
Versos minha guarida
Poetar não é tristonho
Eu sou Mãe na poesia
(Para as mulheres que, como eu, não podem ter filhos.)
Vilma Duarte
Such a nice blog. I hope you will create another post like this.
Vc não vai acreditar mas eu tb me chamo Anelise, e pra melhorar (ou piorar) a situação, tb sou De Freitas! A idéia de escrever meu nome no Google e sair à procura de homônimos pelo mundo afora foi de minha filha Georgia,que apostou comigo que deveriam existir mais pessoas no mundo com esse nome. Eu,que me achava tão especial e única, me deparei com seu Blog e não me senti mais sozinha.
E não resisti: tive que dividir com vc a alegria de ser Anelise e te escrever um comentário. E como dizia um amigo meu: Analisa, Anelise!!" Bjão!!!!!
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