
Eu não agüento mais romance!
Quando eu li pela primeira vez Lucíola, do Zé de Alencar, pensei que seria um livro legal. Fácil de ler foi. Mas eu não suporto essa coisa “oh, sou puta, não posso amar” ou “vou matar a personagem, só assim ela pode se redimir”. Ta certo que o contexto da coisa é em um século diferente, com princípios e valores diferentes, né? Mas se o cara abusou em escrever um livro desse, podia ter dado um desfecho mais abusado também. Lúcia morre! (Ainda bem. Chata daquele jeito!)
Aí eu fiquei pensando e lembrei de outra puta chamada Lúcia: a McCartney, de Rubem Fonseca. Meu rocambolezinho de emoções, chamado Ana Clara, vivia dizendo ‘leia Rubão, leia Lúcia, vai gostar’. Li. Gostei. Lúcia ama. Lúcia é a maior poeta de todas nós. Ana e eu nascemos de placentas diferentes, mas somos uma na barriga do destino. Somos uma coisa só. E somos Lúcia.
Lúcia é puta. Mas é humana. Ela sai, e faz seus programas. Como toda boa puta deve fazer. Volta e é como eu, Ana ou você. Sentimentos. E ainda dizem ‘puta não beija na boca e não se apaixona’. Mas Lúcia ama Zé Roberto (outro Zé filho da puta, como o Alencar), mas esse é um dos filhos da puta que a gente acha adorável e se apaixona. Fala bonito. É inteligente. E misterioso. Mas como todos os outros, vai...
Esse conto é o que dá nome ao livro. Homônimos. Mas o resto do livro é bom demais. É violento. É sangrento. Tem palavrão. Tem pornografia. Tem Rubão expondo a ferida e metendo o dedo na própria! Aí resolvi (mais uma vez por insistência da Ana) ler O Cobrador, do Rubão também. E ela dizia ‘vai se identificar com a Ana Palindromica’. Mas não, eu sou O Cobrador. O mundo também me deve. Algo. Alga. Água. Alma. A Ana, de Fonseca, é palindromica. De um lado ou de outro é a Ana. O Cobrador não tem nome. Pode ser eu, Ana ou você. Sempre. Eu tô apaixonada por Rubem Fonseca. Esse canalha!
Aí resolvi procurar uma foto do Rubão. Deu vontade de sexo. Sexo com ele. O amo, oras. E ele me lembrou (fisicamente) um cara que quando leio os poemas ou contos ou a biografia, me excita. Bukowski. Charles Bukowski. Ou Buk. Outro que vai com os dois pés no peito. Eu gosto disso. Admiro essa qualidade. Gosto de sexo. Bebedeira. Pancadaria. Sangue. Lixo. Rua. Sarjeta. Quartos mofados. Beijo no pescoço. Gemidos. Batom reboca. Esmalte descascado. Puta. Peito. Eito. Jeito. Braço. Nuca. Pico. Pica. Virilidade. Vadiagem. Sacanagem. Em Notas de um velho safado, Buk da show. ‘Bochechas do meu cu’. Ou quando come a vizinha. Ou quando é um cão sarnento. Ou quando a Califórnia vira Veneza.
Eu amo tanta gente! Mas eu queria mesmo era uma orgia: eu, Buk e Rubão. Rabão. Ão. Eu gosto dos dois pés no peito: Augusto dos Anjos, de Campos, Nietzsche, Rubão, Buk, Leminski, Álvaro de Campos, Lispector...
Quem agüenta Otelo, aquele idiota, que acredita em tudo que o Iago diz e ainda mata Desdêmona? Ou Romeu e Julieta morrendo? Shakespeare! Literatura de bastardos! Eu tô meio sei lá e não me amola!
Quando eu li pela primeira vez Lucíola, do Zé de Alencar, pensei que seria um livro legal. Fácil de ler foi. Mas eu não suporto essa coisa “oh, sou puta, não posso amar” ou “vou matar a personagem, só assim ela pode se redimir”. Ta certo que o contexto da coisa é em um século diferente, com princípios e valores diferentes, né? Mas se o cara abusou em escrever um livro desse, podia ter dado um desfecho mais abusado também. Lúcia morre! (Ainda bem. Chata daquele jeito!)
Aí eu fiquei pensando e lembrei de outra puta chamada Lúcia: a McCartney, de Rubem Fonseca. Meu rocambolezinho de emoções, chamado Ana Clara, vivia dizendo ‘leia Rubão, leia Lúcia, vai gostar’. Li. Gostei. Lúcia ama. Lúcia é a maior poeta de todas nós. Ana e eu nascemos de placentas diferentes, mas somos uma na barriga do destino. Somos uma coisa só. E somos Lúcia.
Lúcia é puta. Mas é humana. Ela sai, e faz seus programas. Como toda boa puta deve fazer. Volta e é como eu, Ana ou você. Sentimentos. E ainda dizem ‘puta não beija na boca e não se apaixona’. Mas Lúcia ama Zé Roberto (outro Zé filho da puta, como o Alencar), mas esse é um dos filhos da puta que a gente acha adorável e se apaixona. Fala bonito. É inteligente. E misterioso. Mas como todos os outros, vai...
Esse conto é o que dá nome ao livro. Homônimos. Mas o resto do livro é bom demais. É violento. É sangrento. Tem palavrão. Tem pornografia. Tem Rubão expondo a ferida e metendo o dedo na própria! Aí resolvi (mais uma vez por insistência da Ana) ler O Cobrador, do Rubão também. E ela dizia ‘vai se identificar com a Ana Palindromica’. Mas não, eu sou O Cobrador. O mundo também me deve. Algo. Alga. Água. Alma. A Ana, de Fonseca, é palindromica. De um lado ou de outro é a Ana. O Cobrador não tem nome. Pode ser eu, Ana ou você. Sempre. Eu tô apaixonada por Rubem Fonseca. Esse canalha!
Aí resolvi procurar uma foto do Rubão. Deu vontade de sexo. Sexo com ele. O amo, oras. E ele me lembrou (fisicamente) um cara que quando leio os poemas ou contos ou a biografia, me excita. Bukowski. Charles Bukowski. Ou Buk. Outro que vai com os dois pés no peito. Eu gosto disso. Admiro essa qualidade. Gosto de sexo. Bebedeira. Pancadaria. Sangue. Lixo. Rua. Sarjeta. Quartos mofados. Beijo no pescoço. Gemidos. Batom reboca. Esmalte descascado. Puta. Peito. Eito. Jeito. Braço. Nuca. Pico. Pica. Virilidade. Vadiagem. Sacanagem. Em Notas de um velho safado, Buk da show. ‘Bochechas do meu cu’. Ou quando come a vizinha. Ou quando é um cão sarnento. Ou quando a Califórnia vira Veneza.
Eu amo tanta gente! Mas eu queria mesmo era uma orgia: eu, Buk e Rubão. Rabão. Ão. Eu gosto dos dois pés no peito: Augusto dos Anjos, de Campos, Nietzsche, Rubão, Buk, Leminski, Álvaro de Campos, Lispector...
Quem agüenta Otelo, aquele idiota, que acredita em tudo que o Iago diz e ainda mata Desdêmona? Ou Romeu e Julieta morrendo? Shakespeare! Literatura de bastardos! Eu tô meio sei lá e não me amola!
4 comentários:
ane.
eu também sou pela putaria.
hahaha eu te mostro o caminho da sarjeta
da lua.
e sabe...são os melhores lugares.
os mais baixos.
yeah.
amo você
minha lúcia
Very nice, indeed!!! :)
Mas estás mesmo muito literária, ó menina da ervanária! ;)
Claro que eu devia corar ao ler tanta intimidade... e que escritores beras!... mas sorrio que te amo de verdade! :)*
Bem, não lá como o Buk e o Rubão... já sabes que o meu órgão é o místico coração! ;)
Vá lá, não digas que não a uma espiritual paixão... sou teu fantasma e gnomo e assombração... e o meu amor é contínua devoção... mas que grande toleirão!!! :D
Pior que Otelo e Romeu...
Rui leprechaun
(...só este Gnomo teu!!! :))
´Quanto a mim, o que me mantém vivo é o risco iminente da paixão e seus coadjuvantes, amor, ódio, gozo, misericórdia´.
Legal! Quando der eu leio...
Beijo!
Thanks to the blog owner. What a blog! nice idea.
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