anelise f.
À veemente amizade com Ana Clara Dias
acordamos
para a nababesca
realidade
do mundo
(não dói
muito –
mas é
chato –
como bater
o dedinho
na quina)
sem aquelas
mãozinhas
furtivas
pintar os olhos
é pouco a pouco
mais chato
mais vácuo
ela é minha
maior e melhor
poesia
eu sou o erro
que contribui
para o
verso dela
dela, ela, cadê ela?
cadela!
cachorra
porra!
quanta saudade!
meu léxico fica mais pobre
o mendigo menos nobre
e a vida (mineiramente)
mais devagar!
slow motion;
no emotion.
poxa!
não beijo a boca dela
(daquela cadela)
não porque tem uma
língua feminina
é porque a boca dela
mais a boca minha
só se aninham
para beber o láudano –
choro
de nossas desventuras
e aventuras
e ditaduras
e dita cujas!
viver é o maior verso
que eu, santo deus,
posso fazer ao lado dela
ao lado dela
é querer rasgar folhas
quebrar canetas
apagar “versinhos
de vanguarda”
ela vê beleza em mim
sem saber que a
sugo
dela
fim.
4 comentários:
Ah! A Excluída e a Insana... ou a Prima mais a Mana! :)
Tschhh... ainda agora tinha acabado de ler mais declarações românticas noutro sítio e nunca tive ninguém a quem as fazer. Ou então já me esqueci... e não tenho nem a ti! ;)
Pois eu ando é entusiasmado com o xadrez online e até esqueci o Brasil. Enfim, faço como a raposa... estão verdes, é longe... e não desejo de facto transpor essa distância.
É tão deliciosamente bom estar só...
Rui leprechaun
(...e aos 150 já deves ser tetravó! :))
é nóis.
minha delícia.
transcendental.
ai que guloseima de poema!! como um sorriso salpicado, um abraço cambalhota, um beijo esquimó.
Thanks to the owner of this blog. Ive enjoyed reading this topic.
Postar um comentário