ane(lise) f.
Era mais um dia de samba
Talvez por isso
Um pandeiro
Clame meu nome
Atice meus pés
Naquele carnaval
Entre confetes e serpentinas
Figurava um casal:
Meu pai e minha mãe.
Naquele carnaval
Os fluídos de meu pai
Percorreram o interior de minha mãe
Numa busca onírica por vida
(ou por toma-la)
Enquanto consumavam o amor
Será que imaginavam a menina
Morena, tinhosa, corpulenta
Que minha mãe, nove meses depois
Haveria de dar a luz (ou toma-la)
(Naquele dezembro de 1987)?
3 comentários:
vi seu comentário no blog do michel melamed e resolvi visitar.
meus parabéns
de muito bom gosto
e muito talento
=***
Não sei se para você isto é um elogio, porque nunca ouvi você falando dele, mas minhas intenções são as melhores.
Seus poemas e textos, pra mim, tem o mesmo sentimentalismo e força de expressão que sinto quando leio Drummond. É verdade quando digo que você é uma das minhas escritoras favoritas.
Você consegue por no papel tudo o que sente e te imagino falando isso. Você comove com sua escrita. Você sabe disso.
Talvez eu nunca consiga escrever tão bem quanto você (mas não quero nunca copiá-la) sigo-te com um exemplo.
Você, por si só, é um gênero livre e inédito, único, singular.
Espero que um dia possa escrever o que penso de você de maneira "correta", tocante.
Que tudo isto tenha servido como um elogio. Espero resposta.
Beijos de quem te admira e de tem como a um ídolo, ou ídola, sei lá.
Luiz Rogério
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