A humanidade convencionou que amor vem do coração. Mas será? O coração é um músculo, nos ajuda em nada! Quem ama com o coração? O amor parte da nossa inquieta cabecinha (eufemismo puro, né?).
Todas as sensações e as liberações hormonais (coisas intrinsecamente ligadas, eu sei) são desopiladas pelo cérebro, e não por nossos corações, como muitos teimam em acreditar. Acreditar não, é mais um truque de mágica: queremos ser enganados, estamos ali para isso.
Tudo isso sendo obra de nossas mentes seria bem mais fácil esquecer (ou pelo menos amenizar) um amor frustrado, não é mesmo? Sim, talvez. Mas fazemos disso uma cruz que queremos carregar.
Já me declarei contra a burocratização do amor, aqui mesmo (e ainda sou), mas como isso não é uma democracia e o blog é meu me permito ser um pouco paradoxal. (“Ser um pouco paradoxal” é como ser meio bipolar. Rs.)
Todas as sensações e as liberações hormonais (coisas intrinsecamente ligadas, eu sei) são desopiladas pelo cérebro, e não por nossos corações, como muitos teimam em acreditar. Acreditar não, é mais um truque de mágica: queremos ser enganados, estamos ali para isso.
Tudo isso sendo obra de nossas mentes seria bem mais fácil esquecer (ou pelo menos amenizar) um amor frustrado, não é mesmo? Sim, talvez. Mas fazemos disso uma cruz que queremos carregar.
Já me declarei contra a burocratização do amor, aqui mesmo (e ainda sou), mas como isso não é uma democracia e o blog é meu me permito ser um pouco paradoxal. (“Ser um pouco paradoxal” é como ser meio bipolar. Rs.)
O amor me parece algo circunstancial, e talvez o seja. Mas o que estou fazendo não é “burocratizar um dos sentimentos mais belos”? Talvez! Eu queria muito que vissem em que estado estou a escrever... O rascunho mal feito, a letra em garranchos, o ar de escritor decadente! Podia ter dado mais ao texto, mas creio que ele não tenha conclusão. Não por enquanto. Pense, que penso eu cá. É só o que temos a fazer. Quem sabe no próximo post eu tenha a resposta para uma coisa que eu nem sei qual é a pergunta. Quem sabe da próxima vez, no próximo amor, na próxima reciprocidade, na próxima circunstância...
4 comentários:
Ná! Que Menina tão racional... tá mal! ;)
E então o "ridículo" de que falava Pessoa, linda Alma terna e boa?!
Sabes, muitas vezes tenho falado sobre isso que aqui dizes, já que é um tema de reflexão constante, porque tão intrinsecamente humano.
Mui linda e jovem Ana, faz esta simples experiência, ou traz há recordação esses momentos em que te sentiste inundada por essa doçura que em tudo buscamos... queremos sempre ser MUITO amados, não é verdade?!
E diz-me, então, em que zona do corpo mais se sente essa emoção? Onde é que se manifesta a alegria, o divino calor desse riso interior que sempre acompanha a vera sensação do amor?!
Achas que é na cabeça... is it?! ;)
E, inversamente, de que modo somos fisicamente afectados pelos problemas, chatices e dificuldades que as circunstâncias da nossa vida periodicamente nos trazem? A que zona do corpo referes as preocupações e os aborrecimentos, afinal?!
Reflecte mesmo sobre isto e tenta descrever as tuas sensações o mais fielmente possível quando delas te recordares, numa espécie de introspecção não muito afastada no tempo dessa própria vivência ou ocasião.
Mais ainda, de que modo experimentas a sensação de medo ou pavor... hope you don't but try to remember it... qual a zona física em que a angústia se parece concentrar?!
No, o Beautiful One, reason is not the ultimate thing! Love abides in the heart, yes, may be not the fleshy one but minds can not grasp this intense feeling of fun! :)
Que o sintas sempre tão intensamente na tua jovem Vida...
Rui leprechaun
(...Belíssima Anelise de todos muito querida!!! :))
PS: Claro! Quando até um Gnomito claramente amalucado está assim enamorado, que se dirá de gente séria cujo humano coração por Ti bate acelerado?! :)*
Olha ainda, jovem Senhora... do amor adoradora! :)
Só agora, ao reler o que te escrevi antes, reparei que intitulaste esta tua reflexão de eu sou as minhas circunstâncias. Hummm... are you sure?!
E dizes que o amor me parece algo circunstancial. Será que não estás a racionalizar demais?
Quase não te conheço, de ti apenas sei o que aqui tão belamente escreves e também o pouco que pude entrever nas escassas e breves ocasiões em que nos cruzámos no MSN. Logo, não sei em que circunstâncias... aqui sim!... "gatafunhaste" e apressadamente rabiscaste estas palavras. Falas contudo em amor frustrado e lembro-me de te teres mostrado céptica ou apenas friamente realista sobre a humana vivência do amor, na tua geração ou entre os teus amigos e conhecidos.
Olha, tinha outra intenção ao iniciar isto, mas agora que te reli e imaginei o teu ar mesmo desalinhado, como dizes, recordei algo poético e intensamente belo. Aqui to ofereço, para que não esqueças essa Beleza, porque ela existe, ó Ana, não a negues por favor ou fecharás a tua jovem alma ao seu dulçor...
SANGUE
Versos
escrevem-se
depois de ter sofrido.
O coração
dita-os apressadamente.
E a mão tremente
Quer fixar no papel os sons dispersos...
É só com sangue que se escrevem versos.
Saul Dias (1902-1983)
Obrigado por me mostrares a tua escrita, eu te agradeço a honesta e crua sinceridade que nela pões. Creio que de há muito perdi essa simplicidade, por isso de novo a busco nas almas jovens e sãs...
Rui leprechaun
(...que sorvo sedento no rocio das manhãs! :))
Ui! que erro... sorry!!! :o)
Claro que é "traz À recordação", e não a forma do verbo haver que aí ficou incorrectamente...
Pois, mas já que reentrei... é verdade que muitas vezes somos as nossas circunstâncias, sim. Não basta filosofar e ser racional, é verdade. Eu posso saber quem sou e o que quero, mas o peso do que me foge ou não consigo prever também me pode abater...
Vês? Falava-te eu dessas sensações físicas tão desagradáveis, e dia a dia as sinto mais, uma tão grande exaustão, um sugar de energia que se perde e não é reposta...
É bom quando se encontra aqui alguém, mesmo só por breves instantes. Foi bom falar contigo hoje à tarde, espero que seja igualmente muito bom ver-te de novo em breve.
Mas tem de ser igualmente bom sabermos estar connosco próprios, já que não podemos fugir da nossa companhia. E, repito, talvez mais importante do que o modo como nos vemos ou o que pensamos de nós mesmos, é a maneira como nos sentimos em presença da nossa solidão.
Quando mais ninguém está lá para a iludir, quando se acabam as desculpas para enfrentarmos quem somos e o que somos.
Who Am I?! Here I Am... why?!
Há um nome muito querido que eu posso dar agora à minha tristeza, mas essa é só uma circunstância exterior e nada mais. É bom amar os outros sim, mas não podemos pôr neles a nossa alegria. Claro que nos sentimos tão bem na presença querida de alguém, mas igualmente nos deveríamos sentir assim connosco próprios, na partilha de uma bem mais íntima Presença que pode fazer esquecer toda a ausência...
Já ouviste falar de Rumi, o poeta e místico persa que cantou o êxtase do arroubo e embriaguez divinas?! Sentir Amor é senti-Lo... Ele é Aquilo!!! :)
By day I praised You
and never knew it.
By night I stayed with You
and never knew it.
I always thought that
I was me - but no,
I was You
and never knew it.
Whoever owns this blog, I would like to say that he has a great idea of choosing a topic.
Postar um comentário